Iludir-me,
disfarçar-me,
enganar-me,
esquecer-me,
perceber-me,
dissecar-me,
engasgar-me,
endoidar-me,
matar-me,
ressuscitar-me,
amém!
Com uma dose de Trotsky,
cinco de Maiacovski,
um pouco de Dostoiévski e
vários litros de whisky;
temos um quase Leminski.
Faço o inverso do processo,
troco a noite pelo dia,
planto o fruto sem semente,
digo um verso por dia
e a noite, submerso.
Com a mão em concha
recolheu água da chuva
e pos embaixo do sexo,
graciosa olhou-me e disse;
reflexo!
Era ainda muito moça,
foi como pedra no peito.
Urinou, fez uma poça,
depois do primeiro beijo.
Merda!;
o grito de guerra cênico,
Hospital!;
o brado do enfermo anêmico,
Esponja!;
do bêbado o apelido cínico.
O que seria de nós sem uma trilha?
Como seria sem uma pista que nos permitisse a matança?
Sem a matança como saciaríamos a fome? E a ira?
Comeríamos frutos e verduras até ficarmos verdes?
Ficaríamos calmos e em paz?
Até acharmos outra trilha, que nos desse uma pista,
para uma grande matança?
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