domingo, 6 de junho de 2010

Scarlet.

Scarlet.


fico feliz quando elas chegam
e feliz quando se vão

feliz quando escuto os saltos
se aproximando de minha porta
feliz quando esses saltos
se afastam

feliz por foder
feliz por me importar
feliz quando tudo termina
e
desde que as coisas ou estão
começando ou terminando
fico feliz
a maior parte do tempo

e os gatos caminham pra cima e pra baixo
e a terra gira em torno do sol
e o telefone toca:

" é a Scarlet ".
" quem? "
" Scarlet ".
" certo, pinte aí ".

e desligo pensando
talvez seja isso
entro
dou uma cagada rápida
me barbeio
me banho
me visto
ponho o lixo
e as caixas cheias de garrafas vazias
pra fora

me sento ao som dos
saltos se aproximando
parecendo mais a aproximação de um exército
do que o som da vitória
é Scarlet

e na minha cozinha a torneira
continua pingando
precisando de concerto.
cuidarei disso mais
tarde.

Bukowiski

Tio Buk

"...sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava."

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Uma ditadura brutal



por Georges Bourdoukan
Uma ditadura brutal
É a verdadeira face de Israel.
É o único país do mundo que tripudia sobre as convenções internacionais.
É o único país do mundo que pratica racismo deslavado sem que seja incomodado.
É o único pais do mundo que promove castigos coletivos, coisa rara na história da humanidade.
Tudo isso em nome do judaísmo e o que é dramático, com a aquiescência da população.
Um estado que faz de sua população cúmplice.
Claro com as honrosas exceções.
Mas as exceções não governam.
É o único pais do mundo que não respeita diplomatas.
E não é preciso divagar para encontrar algum exemplo.
Aconteceu ontem mesmo com o diplomata brasileiro que foi enviado ao aeroporto de Tel Aviv para falar com a cineasta brasileira Iara Lee, uma das passageiras da Flotilha da Liberdade.
O diplomata brasileiro foi impedido de falar com ela pelos israelenses, numa atitude de arrogância sem igual.
Caso único na diplomacia.
É claro que não se podia esperar outra coisa de um estado que faz do sangue de inocentes a razão de sua existência.
Só não acredita nisso quem não conhece História.
Ou acredita nessa mídia cujo propósito maior é insultar a inteligência.