domingo, 25 de janeiro de 2009

O melhor amigo



A lâmina do machado decepou o braço esquerdo de um só golpe, o engasgo de horror o despertou do pesadelo. Acordou com o membro dormente pelo peso do corpo em mais uma péssima noite de desmaio alcoólico. Sentiu a ânsia de vômito entremeada de calafrios apesar do abafado meio-dia do verão tropical. Abriu a velha geladeira vazia na triste ilusão de encontrar uma cerveja. Bebeu água da pia e teve de correr ao fétido banheiro para não vomitar no corredor. Depois olhou o rosto envelhecido no espelho rachado e viu os músculos da face tremer ininterruptamente como a executar uma muda sinfonia de tiques nervosos. Voltou à cozinha e com a alma no escuro pensou na luz debaixo da pia, o brilho estava exatamente entre a água sanitária e o desinfetante; Pereirinha, álcool 90 graus, mais que depressa agarrou a velha e vazia leiteira metálica e despejou metade da garrafa completando com um pouco de água, em seguida segurando com as duas mãos minimizou a labiríntica tremedeira com um imenso gole. A terrível sensação de envenenamento fez com que, como um cospe fogo, regurgitasse violentamente até expelir o esverdeado líquido que sabia ser a bílis. O segundo gole desceu queimando, mas não voltou igual ao primeiro e como um passe de mágica consumiu com o tremor, os tiques e o mal estar. Fez a barba na firmeza das mãos e antes de sair mirou com gratidão para debaixo da pia deixando escapar um; "fique quietinho aí", como se falasse a um cachorro engarrafado.

Simch

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eduardo Galeano: "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?"


Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou.
Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.

Clique no link http://www.rsurgente.net/2009/01/eduardo-galeano-quem-deu-israel-o.html para ler o ótimo artigo no RS URGENTE.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bolívia rompe com israel.

A Bolívia rompeu hoje (14) relações diplomáticas com Israel e o presidente Evo Morales anunciou que vai processar o presidente Simon Peres e o primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, por genocídio, no Tribunal Penal Internacional, que não é reconhecido pelo Estado israelense. A Bolívia é o segundo país da América Latina a romper com Israel por causa do massacre de palestinos na Faixa de Gaza. O primeiro foi a Venezuela.“Frente a estes graves fatos de atentados à vida e à humanidade, a Bolívia rompe as relações diplomáticas com Israel”, anunciou Evo Morales em um discurso feito diante de diplomatas estrangeiros no palácio de governo. O presidente boliviano também pediu a governos e organizações internacionais que condenem as ações israelenses e defendeu a retirada do prêmio Nobel da Paz entregue a Simon Peres.Evo Morales lembrou que qualquer país pode apresentar denúncia contra os autores de crimes contra a humanidade, como genocídio e extermínio. "Os crimes do governo de Israel afetam a estabilidade e a paz mundial e fizeram o mundo retroceder à pior época dos crimes contra a humanidade desde a 2ª Guerra Mundial e, nos últimos anos, na ex-Iugoslávia e em Ruanda", disse o presidente boliviano. Ele enfatizou ainda que a Bolívia é um país pacifista e não pode ficar apenas como um espectador diante do "genocídio que Israel comete contra a população civil na Faixa de Gaza".
Postado por Marco Aurélio Weissheimer às 21:09 0 comentários , no http://www.rsurgente.net/2009/01/bolvia-rompe-com-israel-evo-morales.html


Veja o mapa...


O mapa original da Palestina é o primeiro a esquerda. Aí os dirigentes europeus e USA-americanos, para se livrar de seus "judeus", ou para aplacar suas consciências, resolveram oferecer-lhes uma terra que não lhes pertencia.Os novos habitantes, não satisfeitos, resolveram apossar-se de tudo. Notem que o mapa foi ficando cada vez mais branco. Os semitas palestinos iam sendo assassinados ou jogados ao mar.Tudo em nome da paz.E em nome da paz o mapa de Israel continuava avançando.Os palestinos que se defendiam eram chamados de terroristas.Hoje, aos palestinos restaram apenas 17% do território original.
Mas Israel oferece apenas 13 por cento...O que você faria numa situação dessas?Mas cuidado! Dependendo da resposta você poderá ser acusado de terrorismo...

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Enquanto isso em londres...


Judeus anti-sionistas protestam em Londres. Eles consideram o estado de israel um estado herege, que vai contra as Escrituras.
Postado por bourdoukan às 10:26:00 4 comentários Links para esta postagem

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

"ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER"


"ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER"
VOCÊ É ADEREÇO
por Laerte Braga

Jean Charles foi assassinado por policiais ingleses treinados por agentes do serviço secreto de Israel, o MOSSAD, numa estação de metrô em Londres. A Scotland Yard em nota oficial lamentou o ocorrido e justificou a ação dos policiais. O brasileiro se "comportara de maneira estranha" e isso sugeriu aos policiais que pudesse ser um terrorista. Um menino de três anos estava num carro com sua mãe e seu irmão, na cidade do Rio de Janeiro e foi morto por um policial militar. O policial foi absolvido. Estava com outros policiais em perseguição a um carro suspeito e, em dúvida, fuzilou o menino. Confundiu os carros. O governador do Rio, Sérgio Cabral, em nota oficial, falou em estrito cumprimento do dever. Prometeu providências. Os policiais brasileiros importaram técnicas de combate ao "crime" e ao "terrorismo" dos soldados que "libertaram" o Iraque das armas químicas e biológicas de Saddam Hussein. Eram invisíveis, mas segundo Bush existiam e serviriam para destruir o mundo, a humanidade. A denúncia que policiais do Rio estão usando táticas e técnicas dos norte-americanos no Iraque foi feita pelo jornal THE WASHINGTON POST, no caso, insuspeito. Dan Mitrione era um agente secreto do governo dos EUA. Veio ao Brasil treinar torturadores à época da ditadura militar. Fez isso em todos os países do chamado Cone Sul (Brasil, Argentina e Uruguai, de quebra o Paraguai). Aqui virou nome de rua, no Uruguai terminou morto num esgoto. A nota oficial da polícia britânica sobre a morte de Jean Charles enfatiza a condição irregular do brasileiro no país e destaca que os agentes apenas cumpriram com o seu dever e tudo não passou de um "lamentável equívoco". Devem ter respirado aliviados quando se descobriu que era um brasileiro ilegal e não um cidadão britânico. Teria caído o governo ou perto disso. Quando da tragédia do metrô em São Paulo, as empresas participantes do consórcio construtor (Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa) divulgaram nota prometendo apoio às famílias das vítimas. No dia seguinte retificaram. As indenizações não alcançariam um dos mortos, pois em seu bolso havia um papelote contendo cocaína, logo, um "criminoso" no local errado, na hora errada. O governo de Israel determinou às suas embaixadas em todo o mundo que se organizem para defender o genocídio contra palestinos em nome do combate ao "terrorismo". Os comunicados limpos, assépticos, frios, são típicos dos tempos de barbárie que transformam pessoas em objetos consumidores. É preciso compreender que há um espetáculo/vigilância montado para garantir a GENERAL MOTORS/MORTOS, a FORD, a CHRYSLER, os bancos que quebram, a indústria pornográfica de Los Angeles em vias de falir. É preciso desprendimento para perceber que todo sacrifício é pouco diante da faina diária de D. Ermírio de Moraes, chefe de uma das mais poderosas quadrilhas do Brasil, o grupo Votorantim. Se o banco do grupo quebra o BNDES compra 49% das ações com o dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador e pronto. O trabalhador trabalha, afinal quer o que? D. Ermírio levanta-se às seis horas da manhã, cuida da saúde de forma adequada e sai por aí lesando a saúde de milhões de brasileiros na destruição constante e permanente do meio-ambiente em seus "negócios". O Hamás existe em todas as partes do mundo. É o cidadão ou grupo que não alcança o elevado significado dos povos eleitos e superiores. Os únicos capazes de ouvirem a voz de "deus" e cumprirem as "ordens divinas". Se eventualmente morre um Jean Charles, paciência. Você deve dar graças a Deus por estar vivo, pois é apenas adereço nesse processo todo. E trate de seguir as regras. As redes de tevê e a grande mídia, esclarecedora e libertadora, ensinam a você como fazer para emagrecer sem deixar de consumir acepipes de primeira qualidade. A roupa adequada para malhar, manter a forma e queimar um número determinado de calorias por dia. Explica a você que "terroristas imundos", incapazes de apreciarem toda a parafernália de um shopping, têm que ser eliminados, do contrário você corre perigo. Aceitar a morte de um menino de três anos como estrito cumprimento do dever e agradecer que nada lhe aconteceu, ou aos seus. O poderoso exército de Israel decidiu abrir espaço para "ajuda humanitária" aos palestinos mortos que nem moscas em suas terras. No meio do caminho os canhões, aviões libertadores do nazi/sionismo dispararam contra os caminhões que levavam remédios, alimentos e roupas para vítimas desse novo holocausto, matando um motorista. A ONU quer que o caso seja investigado. Bobagem. Um general qualquer do Reich de Tel Aviv deve ter tido um surto, generais israelenses vivem surtados e imaginado que ou havia armas no caminhão, ou os remédios e alimentos seriam usados pelo Hamás para fortalecer seus integrantes. Quem sabe o espinafre do marinheiro Popeye? Israel em si já é um surto. Cidadãos do país que se recusam a participar do genocídio contra palestinos são presos e julgados como desertores. Não obedeceram às ordens de estrito cumprimento do dever. Os que protestam correm riscos. Devem acatar que sionistas são gente superior e o resto é o resto, ou... A "liberdade" chega em forma de bombas. O TIMES, de Londres, também insuspeito no caso, denunciou pela segunda vez o uso de armas químicas nos bombardeios assassinos contra palestinos. Armas contendo fósforo, tungstênio e urânio empobrecido. É justificável. Trata-se de palestinos e "deus" mandou que antes das eleições em Israel fosse morto o maior número possível de palestinos para assegurar a vitória do atual governo de Tel Aviv. Tudo isso e mais alguma coisa é estrito cumprimento do dever legal. Você, eu, todos os que não pertencemos aos povos superiores somos meros adereços. É um modelo que se reproduz em efeito cascata e desumaniza o ser humano. Não se trata de "hei de vencer mesmo sendo professor" como nos bons tempos. Que eram péssimos. Mas de "hei de chegar a Ermírio de Moraes". Ou "hei de ser do exército sionista". É tudo clean. Limpeza, a palavra exata. Limpeza étnica. Quando chegarem perto da sua roseira você vai perceber que palestinos somos todos nós. Nada mais que meros adereços para o estrito cumprimento do dever legal. O deles. E trate de agradecer o emprego que você tem. Mesmo que o preço a pagar seja o sorriso (era Kolynos) à hora do almoço para o patrão. Ele não difere nada de você. É apenas alguém que percebeu as vantagens do estrito cumprimento do dever legal. E depois pega um pão de nozes e um por fora nessa história toda. Disfarce essa cara de palestino com um personal trainer. Use os produtos de beleza que mantiveram Ingrid Betancourt jovem e faceira num cativeiro de dez anos na selva, em meio a hepatite, mais isso, mais aquilo e agora receba em troca o patrocínio dos donos para exibir-se defendendo a liberdade. O máximo que pode acontecer é alguém no estrito cumprimento do dever confundir você com um bandido, ou com um palestino/terrorista. Aí não reaja. Morra e sinta-se feliz de dar a vida pelo modelo político e econômico que garante o futuro deles. É tudo estrito cumprimento do dever. E as embaixadas de Israel estão às ordens para esclarecer o distinto público consumidor de todas as atitudes tomadas em defesa da "liberdade" e do "direito de existir". Ouça, leia e cale-se. Do contrário não adianta nem ser da ONU. Ah! A Cruz Vermelha corre sério risco de virar "organização terrorista". É que acusou o governo nazi/sionista de Israel de estar desrespeitando a Convenção de Genebra. Aquela que buscava para defender-se quando eram prisioneiros nos campos de Hitler. E antes de dormir veja se não tem ninguém do Hamás debaixo de sua cama. Todo cuidado é pouco

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


Não é exagero. Não fosse isso, os criminosos israelenses não teriam porque proibir a entrada dos jornalistas.As poucas imagens que chegam mostram que não vai sobrar pedra sobre pedra em Gaza.Ali vivem exprimidos mais de um milhão e meio de seres humanos confinados no maior campo de concentração criado por cérebros doentios.Não há para onde escapar, não há para onde fugir.As bombas de Israel já não escolhem alvos.Basta respirar para se tornar alvo das “bombas inteligentes”.E a humanidade omissa...Até quando? Até quando?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Alguém tem que fazer algo!


A Venezuela anunciou hoje a expulsão do embaixador de Israel em Caracas, Shlomo Cohen, em resposta à ofensiva militar deste país na Faixa de Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores por meio de um comunicado lido na televisão estatal. O governo venezuelano condenou fortemente as flagrantes violações do Direito Internacional pelo Estado de Israel, bem como o uso do terrorismo de Estado para castigar a um povo.O presidente venezuelano, Hugo Chávez, comparou a situação na Faixa de Gaza ao Holocausto e pediu à comunidade judaica de seu país que condene a ofensiva de Israel na região, que já fez mais de 600 vítimas. Chávez lembrou que vivem na Venezuela tanto palestinos como israelenses, e que todos são bem quistos no país, mas ressaltou que a comunidade judaica precisa condenar o que qualificou como uma "barbaridade".Chávez chamou ainda os soldados israelenses de "covardes". "São uns covardes, pois bombardeiam povos inocentes. Que tremendos soldados são, como são valentes os soldados de Israel", disse o presidente que classificou a situação em Gaza como um "genocídio realizado por um governo assassino, braço executor dos Estados Unidos". Chávez fez um apelo ao mundo árabe para que se coloque de pé contra o ataque de Israel e anunciou que entrou em contato com países do Oriente Médio e organizações internacionais para levar ajuda humanitária a Gaza.
Postado por Marco Aurélio Weissheimer às 19:53 2 comentários
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sábado, 3 de janeiro de 2009

Charges e notícias


É verdade amigo, a canalhice do noticiário, a parcialidade e a covardia não tem explicação. Disseram que a invasão foi porque os palestinos dispararam 600 mísseis nos últimos dez dias, que não matou ninguém, mísseis qassam do tempo do onça, de disparar no ombro. No complexo do alemão, só pra ter uma idéia, os caras tem bazucas traçantes. Em contra partida aos perigosos mísseis, Israel bombardeou com jatos de última geração zonas residenciais, com bombas de fragmentação de tungstênio, proibida pela convenção de genébra, matando 500 e ferindo milhares, sob o silêncio do filhadaputismo universal. Eu sei que charge é quase nada, mas vou continuar fazendo charge a favor dos palestinos até o Saci cruzar as pernas e o morcego doar sangue, pois quem nos garante que num futuro não seremos nós os bombardeados. Eu sigo a máxima do Bertolt Brecht que dizia; primeiro eles bombardearam os negros, como não sou negro não fiz nada, depois os índios, como não sou índio não fiz nada, depois os palestinos, como não sou palestino não fiz nada, agora bombardearam a mim, mas agora é tarde!

Na foto um anjo, que em vida chamava-se Lama Hamdan, uma menina palestina de 4 anos, flagrada sendo enterrada no cemitério de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, pelo fotógrafo da Reuters, Mohammed Salem.