terça-feira, 30 de junho de 2009

Direto do blog do Kayser:
http://blogdokayser.blogspot.com/


Trocando Chico Buarque por Tiririca
Do blog do Kayser:
CREA- RS. Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul . Entidade autárquica de fiscalização do exercício e das atividades profissionais e blá blá blá. Fiscaliza, regula e tal. Tudo bem, nada contra entidades que fiscalizam e regulam. Todo mundo é a favor delas - menos no jornalismo, porque o PIG é contrário, então todo mundo é contra porque parece censura limitar o exercício do jornalismo a jornalistas, embora ninguém ache censura proibir o exercício do Direito por quem não tem diploma, por exemplo. Mas isso é outro papo.
No momento, o assunto é o CREA- RS. Como o CREA-RS interfere na vida da maioria dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Técnicos Agrícolas e afins? Ele fiscaliza, regula e... Cobra! No sentido financeiro mesmo. O CREA cobra anuidade e cobra por cada atividade que o profissional fizer. O cara emite um laudo, paga uma ART. Faz uma planta, paga uma ART. E, em troca, ganha o quê do CREA? Supostamente, garantias profissionais. Mas, na prática, assim de modo visível, uma revistinha.
Isso mesmo. Uma revista mensal. Antes, era um jornal. Nos últimos anos, passou a ser uma revista bonita, bem editada. De vez em quando, até com um ou outro artigo interessante. E sempre com uma charge colorida, com o traço refinado e a aquarela elegante do Santiago. Santiago desenha para a entidade desde 1986, primeiro no jornal, depois na revista.Trocando Chico Buarque por Tiririca

Do blog do Kayser:
CREA- RS. Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul . Entidade autárquica de fiscalização do exercício e das atividades profissionais e blá blá blá. Fiscaliza, regula e tal. Tudo bem, nada contra entidades que fiscalizam e regulam. Todo mundo é a favor delas - menos no jornalismo, porque o PIG é contrário, então todo mundo é contra porque parece censura limitar o exercício do jornalismo a jornalistas, embora ninguém ache censura proibir o exercício do Direito por quem não tem diploma, por exemplo. Mas isso é outro papo.
No momento, o assunto é o CREA- RS. Como o CREA-RS interfere na vida da maioria dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Técnicos Agrícolas e afins? Ele fiscaliza, regula e... Cobra! No sentido financeiro mesmo. O CREA cobra anuidade e cobra por cada atividade que o profissional fizer. O cara emite um laudo, paga uma ART. Faz uma planta, paga uma ART. E, em troca, ganha o quê do CREA? Supostamente, garantias profissionais. Mas, na prática, assim de modo visível, uma revistinha.
Isso mesmo. Uma revista mensal. Antes, era um jornal. Nos últimos anos, passou a ser uma revista bonita, bem editada. De vez em quando, até com um ou outro artigo interessante. E sempre com uma charge colorida, com o traço refinado e a aquarela elegante do Santiago. Santiago desenha para a entidade desde 1986, primeiro no jornal, depois na revista.


Isso até este mês. Porque, no mês que vem, o humor elegante e multipremiado do Santiago será substituído por uma tosqueira inqualificável! Um chargista, para dizer o mínimo, com recursos técnicos e cognitivos muito escassos: Marco Aurélio.Quer dizer, além de obrigar seus associados compulsórios a pagarem para trabalhar (nada contra, já disse), o CREA-RS os obrigará a verem coisas como estas (não tenho a menor idéia do que este desenho signifique. Por favor, não me expliquem).O motivo? Ao que parece, o presidente do CREA-RS, Eng. Civil Luiz Alcides Capoani, acredita que assim sua entidade terá mais espaço na Zero Hora. A vantagem de se ter mais espaço no dito jornal, não se sabe...
Quem quiser manifestar sua opinião, sobretudo os leitores do Conselho em Revista - profissionais com “o CREA em dia” - podem fazê-lo por meio da ouvidoria do conselho ou pelo e-mail revista@crea-rs.org.br.

sábado, 27 de junho de 2009

Socialismo, capitalismo : o que vem a seguir?


Enviado por José Antônio Silva artigo de Eric Hobsbawm, no The Guardian, publicado no site Esquina Democrática.
Socialismo fracassou, capitalismo quebrou: o que vem a seguir?
A prova de uma política progressista não é privada, mas sim pública. A prioridade não é o aumento do lucro e do consumo, mas sim a ampliação das oportunidades e, como diz Amartya Sen, das capacidades de todos por meio da ação coletiva. Isso significa iniciativa pública não baseada na busca de lucro. Decisões públicas dirigidas a melhorias sociais coletivas com as quais todos sairiam ganhando. Esta é a base de uma política progressista, não a maximização do crescimento econômico e da riqueza pessoal. A análise é do historiador britânico;

Eric Hobsbawm - The Guardian

Seja qual for o logotipo ideológico que adotemos, o deslocamento do mercado livre para a ação pública deve ser maior do que os políticos imaginam. O século XX já ficou para trás, mas ainda não aprendemos a viver no século XXI, ou ao menos pensá-lo de um modo apropriado. Não deveria ser tão difícil como parece, dado que a idéia básica que dominou a economia e a política no século passado desapareceu, claramente, pelo sumidouro da história. O que tínhamos era um modo de pensar as modernas economias industriais – em realidade todas as economias -, em termos de dois opostos mutuamente excludentes: capitalismo ou socialismo.Conhecemos duas tentativas práticas de realizar ambos sistemas em sua forma pura: por um lado, as economias de planificação estatal, centralizadas, de tipo soviético; por outro, a economia capitalista de livre mercado isenta de qualquer restrição e controle. As primeiras vieram abaixo na década de 1980, e com elas os sistemas políticos comunistas europeus; a segunda está se decompondo diante de nossos olhos na maior crise do capitalismo global desde a década de 1930. Em alguns aspectos, é uma crise de maior envergadura do que aquela, na medida em que a globalização da economia não estava então tão desenvolvida como hoje e a economia planificada da União Soviética não foi afetada. Não conhecemos a gravidade e a duração da atual crise, mas sem dúvida ela vai marcar o final do tipo de capitalismo de livre mercado iniciado com Margareth Thatcher e Ronald Reagan.A impotência, por conseguinte, ameaça tanto os que acreditam em um capitalismo de mercado, puro e desestatizado, uma espécie de anarquismo burguês, quanto os que crêem em um socialismo planificado e descontaminado da busca por lucros. Ambos estão quebrados. O futuro, como o presente e o passado, pertence às economias mistas nas quais o público e o privado estejam mutuamente vinculados de uma ou outra maneira. Mas como? Este é o problema que está colocado diante de nós hoje, em particular para a gente de esquerda.Ninguém pensa seriamente em regressar aos sistemas socialistas de tipo soviético, não só por suas deficiências políticas, mas também pela crescente indolência e ineficiência de suas economias, ainda que isso não deva nos levar a subestimar seus impressionantes êxitos sociais e educacionais. Por outro lado, até a implosão do mercado livre global no ano passado, inclusive os partidos social-democratas e moderados de esquerda dos países do capitalismo do Norte e da Australásia estavam comprometidos mais e mais com o êxito do capitalismo de livre mercado.Efetivamente, desde o momento da queda da URSS até hoje não recordo nenhum partido ou líder que denunciasse o capitalismo como algo inaceitável. E nenhum esteve tão ligado a sua sorte como o New Labour, o novo trabalhismo britânico. Em suas políticas econômicas, tanto Tony Blair como Gordon Brown (este até outubro de 2008) podiam ser qualificados sem nenhum exagero como Thatchers com calças. O mesmo se aplica ao Partido Democrata, nos Estados Unidos.A idéia básica do novo trabalhismo, desde 1950, era que o socialismo era desnecessário e que se podia confiar no sistema capitalista para fazer florescer e gerar mais riqueza do que em qualquer outro sistema. Tudo o que os socialistas tinham que fazer era garantir uma distribuição eqüitativa. Mas, desde 1970, o acelerado crescimento da globalização dificultou e atingiu fatalmente a base tradicional do Partido Trabalhista britânico e, em realidade, as políticas de ajudas e apoios de qualquer partido social democrata. Muitas pessoas, na década de 1980, consideraram que se o barco do trabalhismo não queria ir a pique, o que era uma possibilidade real, tinha que ser objeto de uma atualização.Mas não foi. Sob o impacto do que considerou a revitalização econômica thatcherista, o New Labour, a partir de 1997, engoliu inteira a ideologia, ou melhor, a teologia, do fundamentalismo do mercado livre global. O Reino Unido desregulamentou seus mercados, vendeu suas indústrias a quem pagou mais, deixou de fabricar produtos para a exportação (ao contrário do que fizeram Alemanha, França e Suíça) e apostou todo seu dinheiro em sua conversão a centro mundial dos serviços financeiros, tornando-se também um paraíso de bilionários lavadores de dinheiro. Assim, o impacto atual da crise mundial sobre a libra e a economia britânica será provavelmente o mais catastrófico de todas as economias ocidentais e o com a recuperação mais difícil também.É possível afirmar que tudo isso já são águas passadas. Que somos livres para regressar à economia mista e que a velha caixa de ferramentas trabalhista está aí a nossa disposição – inclusive a nacionalização -, de modo que tudo o que precisamos fazer é utilizar de novo essas ferramentas que o New Labour nunca deixou de usar. No entanto, essa idéia sugere que sabemos o que fazer com as ferramentas. Mas não é assim.Por um lado, não sabemos como superar a crise atual. Não há ninguém, nem os governos, nem os bancos centrais, nem as instituições financeiras mundiais que saiba o que fazer: todos estão como um cego que tenta sair do labirinto tateando as paredes com todo tipo de bastões na esperança de encontrar o caminho da saída.Por outro lado, subestimamos o persistente grau de dependência dos governos e dos responsáveis pelas políticas às receitas do livre mercado, que tanto prazer lhes proporcionaram durante décadas. Por acaso se livraram do pressuposto básico de que a empresa privada voltada ao lucro é sempre o melhor e mais eficaz meio de fazer as coisas? Ou de que a organização e a contabilidade empresariais deveriam ser os modelos inclusive da função pública, da educação e da pesquisa? Ou de que o crescente abismo entre os bilionários e o resto da população não é tão importante, uma vez que todos os demais – exceto uma minoria de pobres – estejam um pouquinho melhor? Ou de que o que um país necessita, em qualquer caso, é um máximo de crescimento econômico e de competitividade comercial? Não creio que tenham superado tudo isso.No entanto, uma política progressista requer algo mais que uma ruptura um pouco maior com os pressupostos econômicos e morais dos últimos 30 anos. Requer um regresso à convicção de que o crescimento econômico e a abundância que comporta são um meio, não um fim. Os fins são os efeitos que têm sobre as vidas, as possibilidades vitais e as expectativas das pessoas.Tomemos o caso de Londres. É evidente que importa a todos nós que a economia de Londres floresça. Mas a prova de fogo da enorme riqueza gerada em algumas partes da capital não é que tenha contribuído com 20 ou 30% do PIB britânico, mas sim como afetou a vida de milhões de pessoas que ali vivem e trabalham. A que tipo de vida têm direito? Podem se permitir a viver ali? Se não podem, não é nenhuma compensação que Londres seja um paraíso dos muito ricos. Podem conseguir empregos remunerados decentemente ou qualquer tipo de emprego? Se não podem, de que serve jactar-se de ter restaurantes de três estrelas Michelin, com alguns chefs convertidos eles mesmos em estrelas. Podem levar seus filhos à escola? A falta de escolas adequadas não é compensada pelo fato de que as universidades de Londres podem montar uma equipe de futebol com seus professores ganhadores de prêmios Nobel.A prova de uma política progressista não é privada, mas sim pública. Não importa só o aumento do lucro e do consumo dos particulares, mas sim a ampliação das oportunidades e, como diz Amartya Sen, das capacidades de todos por meio da ação coletiva. Mas isso significa – ou deveria significar – iniciativa pública não baseada na busca de lucro, sequer para redistribuir a acumulação privada. Decisões públicas dirigidas a conseguir melhorias sociais coletivas com as quais todos sairiam ganhando. Esta é a base de uma política progressista, não a maximização do crescimento econômico e da riqueza pessoal.Em nenhum âmbito isso será mais importante do que na luta contra o maior problema com que nos enfrentamos neste século: a crise do meio ambiente. Seja qual for o logotipo ideológico que adotemos, significará um deslocamento de grande alcance, do livre mercado para a ação pública, uma mudança maior do que a proposta pelo governo britânico. E, levando em conta a gravidade da crise econômica, deveria ser um deslocamento rápido. O tempo não está do nosso lado.
Artigo publicado originalmente no jornal The GuardianTradução do inglês para o espanhol: S. Segui, integrante dos coletivos Tlaxcala, Rebelión e Cubadebate.Tradução do espanhol para o português: Katarina Peixoto Por Eric Hobsbawm.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia quando não ofereciam mais risco às tropas

Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas.
Leia a cobertura completa :

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090621/not_imp390566,0.php


domingo, 21 de junho de 2009

Embriagai-vos


Embriagai-vos
É necessário estar sempre bêbado. Tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o fardo horrível do Tempo, que vos abate e voz faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor. Contanto que vos embriagueis. E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: - É a hora da embriaguez! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.

Charles Baudelaire (1821-1867)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Racismo: "Estadão" queria alguém contra as cotas, mas errou na fonte; gringo defendeu cotas e Cuba


Por Rodrigo Vianna
Parte da elite brasileira detesta essa história de cotas. Há um jornalista, à frente da Redação da TV Globo, que jura não haver racismo no Brasil. Até aí é problema dele. Mas o sujeito insiste em pautar "reportagens" que comprovem essa tese. A Globo tem duas ou três "fontes marcadas para falar" exatamente aquilo que o diretor de jornalismo quer ver no ar. São "especialistas" que defendem a mesma tese: o racismo no Brasil não existe, e estabelecer cotas é que vai "insuflar" o racismo nessa nossa sociedade doce, tranquila, onde impera a "democracia racial".
Entenderam? Racismo não existe. Cotas é que vão criar racismo. A "tese" é exposta seguidamente, nas "reportagens" da Globo, por uma socióloga do Rio de Janeiro e por um geógrafo paulista que tem opinião sobre tudo! Para não parecerem insensíveis, esses "especialistas" (sob patrocinio permanente do Ratzinger do jornalismo global) costumam defender que o certo é "educação de qualidade para todos", assim brancos pobres e negros pobres ganhariam o direito a um futuro melhor. Então, tá. A gente vai ficar esperando. Ou melhor: a gente não vai esperar, porque a sociedade brasileira resolveu investir nas cotas. Para horror da turma do Leblon e Higienópolis. A idéia dos que defendem cotas é a seguinte: educação de qualidade é pressuposto, serve para negros e brancos. Serve no longo prazo. E serviria mais ainda se essa fosse uma sociedade menos desigual. As cotas, por outro lado, dão um empurrãozinho a mais para aqueles que saem em desvantagem nessa corrida: os negros e seus descendentes, que foram escravizados durante mais de 3 séculos. Trata-se de fazer Justiça: trata-se de oferecer ferramentas diferentes para quem parte de condições diferentes.
A turma anticotas aceita, no máximo, no máximo, "umas cotas para pobres".
Até entendo: assim, não se mexe na velha ferida do racismo, nas memórias dos navios negreiros. Assim, não se atiçam velhas culpas, nem velhas perversidades. Assim, brancos e negros seguem irmanados pela "lei", que trata a todos com igualdade nessa doce terra. Certo?
O "Estadão" (aquele jornal meio decadente de São Paulo), que eu saiba, também é contra as cotas. Mas isso não impediu o jornal de entrevistar um professor dos Estados Unidos que desmonta a tese de Ratzinger e seus asseclas. Veja um trecho (a pergunta do repórter embute a tese da turma anti-cotas; e a resposta, direta, ajuda a desmontar a tese).

"(P) - Críticos das cotas para negros dizem que elas teriam o efeito colateral de "fomentar o ódio racial". O Brasil correria o risco de ser repartido em etnias. O sr. concorda?
Conforme dados oficiais do IBGE nos últimos 30 anos, o Brasil efetivamente já é uma sociedade bicolor. Pardos e pretos experimentam níveis de desigualdade e discriminações bastante parecidos e o IBGE juntou os dois grupos numa só categoria de ?negros?. Criar um sistema de cotas dividido em brancos e negros seria reconhecer a realidade social e racial do país. A sociedade brasileira não pode deixar de responder às marcadas e seculares desigualdades raciais que a afligem. "
Sugiro que vocês leiam a entrevista na íntegra. Até para notar como é confusa a edição feita pelo jornal.
O título - ''COTA PARA POBRE NÃO RESOLVE PROBLEMA'' - e o texto de abertura dão a entender que o especialista é contra as cotas para os pobres. Mas o que ele afirma é diferente: "cota para pobres não vai resolver os problemas enormes dos afro-brasileiros que estão na luta para entrar, ou avançar, na classe média". Ou seja: cota para pobre não basta, seria preciso ir mais longe, combinar vários tipos de ação afirmativa. O título escolhido pelo jornal deixa tudo na dúvida. Foi proposital?
(clique em "leia mais" para conferir a entrevista na íntegra; e tire suas conclusões sobre o racismo , sobre as cotas e sobre o jornalismo brasileiro)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Definição de humor


Edgar Vasques, um dos mestres do humor gráfico brasileiro fala sobre as duas faces do humor.

Acredito que o humor é uma das armas intelectuais mais poderosas da história. Associando à opinião do humorista a emoção do humor, cria mensagens que marcam (intelectualmente) de forma duradoura. Sendo assim, acho que existe um uso "humano" do humor, pra marcar o ladrão, o corrupto, o violento, o canalha, o preconceituoso, aquele que prejudica a sociedade e muitas e muitas vezes acaba (de outra forma) impune. E tem o humor desumano, que alveja indiscriminadamente , tendo até preferência pelos mais fracos, aqueles que a sociedade (ou o acaso) já prejudica: é a piada de anão, de aleijado, de veado, de pobre, de negro, etc, etc. Ou seja, é bater em quem está caído...

domingo, 7 de junho de 2009

O terceiro mandato

Por Leandro Fortes
A imprensa brasileira não vai descansar enquanto não arrancar do presidente Lula, ou de algum ministro de Estado, uma declaração favorável ao terceiro mandato. A insistência com que a mídia tem tratado do tema, em ondas ciclotímicas cada vez mais curtas, revela aquele tipo de interesse que nada tem a ver com os fatos ou, no limite, com demandas jornalísticas. Trata-se de uma campanha infernal para colar na imagem de Lula a pecha de “ditador chavista” às vésperas de um ano eleitoral, como se fosse possível, a essa altura do campeonato, estabelecer semelhanças ideológicas e de ação governamental entre o presidente brasileiro e seu colega, Hugo Chávez, da Venezuela. Há mais de dois anos, escrevi uma matéria na CartaCapital (“Eterno factóide”) a respeito do assunto, quando a onda do terceiro mandato tinha como objetivo contaminar as bases eleitorais do governo, com vistas às eleições municipais de 2008, quando ainda rescendiam brasas sobre os escombros do chamado “mensalão”. Lá, pelas tantas, escrevi:
Clica abaixo e leia a íntegra desse texto esclarecedor em carta capital:

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Carlinhos Bugre


Carlos Roberto Pezzi de Ameida é Carlinhos Bugre e também Charlie Bugre e ainda Charlie Blues. Músico gaúcho, rockeiro portoalegrense fundador de várias bandas dos 70, 80 e 90 como Auge Perpléxo, Funeral, Star Rats e outras que criou e dissolveu. Produtor cultural, ( criador da Fenasom, festival que inaugurou a época de shows no Araujo Viana, 1974, lançando dezenas de músicos), guitarrista, poeta, compositor e frasista . Passou de 1º colocado no concurso do Banco do Brasil em 1968 a morador de rua desde 1996, (evoluindo ao contrário, segundo suas próprias palavras), transformando-se numa espécie de Bob Dylan dos sem-teto. Com apurado senso de humor no país dos axés, pagodes e sertanejos, Bugre não se entrega e segue compondo e criando rock's que matariam de inveja qualquer pop moderninho . Se define como; "um gênio", e complementa; "um gênio da garrafa." Referindo-se ao hábito de beber.

onfira a comunidade do Bugre: