sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Rio: laboratório da matança

‘Rio virou um laboratório de técnicas genocidas’
Escrito por Rodrigo Mendes. no Correio da Cidadania
28-Out-2009
Toda a grande mídia tem dado vasto destaque nas últimas duas semanas à "escalada da violência" no Rio de Janeiro. Mas há sempre o questionamento acerca do quanto isso chega a ser um acontecimento fora do comum.
Além do mais, há pouca possibilidade de uma análise mais sóbria, que fuja da idéia de que há um confronto entre as forças da lei e as forças do crime. Muitos especialistas, defensores dos direitos humanos, entidades e militantes apontam que há complicações mais profundas na política de segurança que se acostumou a aplicar no Brasil atual.
É o caso da socióloga Vera Malaguti Batista. Militante acadêmica do Instituto Carioca de Criminologia, ela defende teses muito diferentes, quando não opostas, às que estão implícitas no discurso predominante da grande mídia, que com suas análises apenas colabora em formar um consenso generalizado na população.
Correio da Cidadania: Como você analisa a atual política de segurança pública do Rio de Janeiro? Pode ser classificada como adequada?
Vera Malaguti: Lembrando uma polêmica que aconteceu um tempo atrás entre Marta Suplicy e Joel Rufino dos Santos: a Marta dizia que a esquerda precisava de uma política de segurança pública e o Joel Rufino disse que política de segurança pública é coisa da direita, e que a esquerda precisa mesmo é de política de Direitos Humanos. Há uma grande discussão em torno disso, que redundou em um fracasso, no chamado ‘realismo de esquerda’, na idéia de que a esquerda tinha de praticar uma política de segurança pública mesmo sem ter derrotado o capitalismo. Acabou dando o que deu na Europa, nos Estados Unidos. A esquerda contribuiu para a expansão do sistema prisional neoliberal; a esquerda começou a assimilar, a dar a mesma resposta da mídia, e para a mídia, ao invés de desconstruir o conceito de segurança pública no sentido de lei e ordem. Contribuiu para essa gestão criminal da pobreza, ao discurso que prega o ordenamento dos deserdados da ordem neoliberal.
Hoje, vemos um monte de sociólogo – e eu posso falar porque sou socióloga também – fazendo projetinho de segurança pública. É uma vergonha o que está acontecendo no Rio de Janeiro, eu olho o jornal e não acredito na quantidade de pessoas aplaudindo essa aliança entre o governo do estado do Rio e o governo federal. Eu entendo aliança eleitoral em função da governabilidade, sou muito compreensiva com as dificuldades de governabilidade do governo Lula, mas tudo tem limite ético. Acho que o governo federal apoiar essa política de segurança truculenta do Rio de Janeiro é perder o rumo da História. São muitos equívocos, tem ministro da Justiça pedindo fim da progressão...
A esquerda tem medo do lúmpen e há uma má compreensão da questão criminal pela teoria marxista. É preciso parar de contribuir com a implementação da ordem neoliberal e começar a proteger os pobres do massacre.
Vi um levantamento que aponta que desde o começo de 2007 houve 21 mil homicídios no Rio de Janeiro. A polícia do Rio mata, com aplausos da imprensa, da elite e de parte do mundo acadêmico e da esquerda, 1300 pessoas por ano – e isso são os números oficiais!
Acho que esse governo do estado do Rio de Janeiro trabalha em um tripé de negócios privados, grande mídia e segurança pública. Não tem projetos de política pública.
CC: Há uma ligação entre a propalada escalada da violência e a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos?
VM: A mídia fala de explosão de criminalidade porque legitima essas políticas tenebrosas, exterminadoras, truculentas. Com a luta de classes nesse capitalismo de barbárie, a violência não aumenta só no Rio de Janeiro, é o modelo econômico que gera violência, os últimos episódios demonstraram: há uma visão de segurança pública baseada numa ideologia apartadora à la Bush. Há um conflito social, apela-se para a indústria bélica e essa indústria se aquece. Isso produz o discurso jurídico do Inimigo, alguém que pode ser torturado, exterminado, alguém cujas famílias vão pagar também.
Quando o secretário de segurança fala que os últimos eventos foram "nosso 11 de setembro", há também uma tentativa da imprensa de esconder a qualificação desse debate, fica sempre naquele papo da "escalada de violência".
Houve um coronel, além de várias outras pessoas que entendem de polícia, que disse ser um absurdo usar helicóptero da maneira como se vem usando. Ali não tem confronto, é extermínio, homicídio. Nenhuma polícia do mundo usa helicóptero daquele jeito, isso faz parte de uma ideologia de guerra, inspirada nos modelos de apartação mais questionados no mundo contemporâneo. Um sistema que produz o policial matador.
Aí a elite fica espantada quando vê dois policiais passando por cima de um cara agonizando para roubar seu casaco, seu tênis. Ora, para o cara que mata cinco, que mata vinte, o que é roubar para ele? A polícia vai punindo, torturando, roubando, saqueando.
É o que acontece quando você dá todo poder à polícia, não há freios democráticos. O governador disse que a polícia não tem política, pois, para ele, política é só a troca de favores, a barganha e negociação de cargos.
É a naturalização da morte. Isso expõe tremendamente o policial também, afeta muito a vida dele, da família dele, tem muito sofrimento. Precisamos de um grande movimento com as mães dos meninos mortos, dos policiais, contra a naturalização da morte.
CC: Há alguma chance de os problemas serem, pelo menos em parte, resolvidos até as Olimpíadas?
VM: Temos que botar pra correr quem está gerindo a cidade e o estado – e essa mentalidade dos grandes negócios esportivos, da concentração das multinacionais. É preciso fazer das Olimpíadas um grande projeto para o povo.
Veja como foi o Pan-americano, todo dia tinha massacre no Morro do Alemão. Teve dia que chegaram a 20 mortos. E a grande pergunta tinha de ser: estão derrotando o tráfico? Os dirigentes da segurança pública dizem que está tudo no Alemão, então aquela matança não serviu pra nada. O Pan-americano não trouxe nada para o Rio, apenas alguns investimentos milionários, todos concentradíssimos. Proporcionou muitas viagens para governadores, dirigentes, políticos. E o Maracanã hoje não tem mais vendedor ambulante, flanelinha... essas pessoas são presas, a pobreza é tratada como sujeira.
E o Rio virou um laboratório de técnicas genocidas. Daqui até 2016, esperamos derrotar esse pessoal (que está hoje nos governos municipal e estadual).
CC: Ou seja, os conflitos vão se acirrando, a temperatura só tende a subir...
VM: Veja só, a mesma indústria que vai vender o helicóptero blindado vende a arma que derruba o helicóptero blindado. São redes econômicas. As favelas são punidas como um todo, mas vai sobrar para todo mundo, inclusive para os ricos. Uma elite matadora sofre com os efeitos disso também. 
CC: Há alguma ligação ou similaridade entre a atuação das facções criminosas do Rio e do PCC em São Paulo e entre as políticas de segurança dessas duas cidades?
VM: Acho que não. O que há em comum, e não só no Rio e em São Paulo, mas na Bahia e em outros lugares onde isso está começando, é que todas as facções são fruto do sistema penitenciário. A mistura de crimes hediondos, a legislação do direito penal do inimigo e o neoliberalismo produziram essa loucura.
Todos os grandes líderes entraram no sistema prisional por pequenos delitos e foram se barbarizando. Cada vez que eles têm menos expectativa de sair da prisão, de encontrar acolhimento, isso aumenta. A pauta da esquerda tinha de ser prender menos, amparar as redes de familiares de presos, estabelecer mais comunicação de dentro para fora da prisão, para acabar com essa idéia de que quem está fora é o cidadão de bem – essa expressão que a gente ouve tanto – e dentro da prisão está ‘O Mal’.
É preciso romper com essa política estadunidense proibicionista das drogas. Não se pode trabalhar uma questão de saúde pública pela legislação penal. Vários países já começaram a se desgarrar dessa política que começou com o Nixon e foi ao auge com Reagan. Temos que parar de querer resolver a conflitividade através da pena, do sistema penal.

Inacreditável, mas louvável.

Cutrale devolve terras griladas
Roberto Malvezzi, Gogó *
Num gesto único na história brasileira, a Cutrale vai devolver as terras públicas que grilou para plantar laranja. Segundo uma pessoa que ocupa cargo decisivo, "mais importante que sete mil pés de laranja derrubados, são as cem mil famílias de brasileiros que estão na beira das estradas". O único condicionante da empresa é que as terras sejam destinadas à reforma agrária, dando preferência às famílias que ocuparam o lugar dias atrás.
Para maior surpresa, admitiu que é inconcebível que, "num país de 8,5 milhões de Km2, haja tantas pessoas sem um lugar para trabalhar e até mesmo para morar".
Com esse gesto, continuou, "contribuiremos para fazer uma justiça histórica nesse país, já que desde a chegada dos portugueses, a terra tornou-se um pesadelo para nossos índios, negros e pequenos camponeses. Queremos, de uma vez por todas, superar essa injustiça histórica, criar a paz no campo e que essa paz se estenda também por nossas cidades".
Para concluir, afirmou que "espero que todas as pessoas e empresas que grilaram terras públicas, como aquelas do Pontal do Paranapanema, ou na Amazônia, ou em qualquer outro canto do Brasil, repliquem o nosso gesto, devolvendo ao país o que é do país. Afinal, todos os brasileiros têm direito a um lugar digno para viver, sem precisar de favores governamentais. Além do mais, uma vez feita a justiça no campo, não vamos mais precisar de ocupações de terras".
O gesto da Cutrale, sem dúvida, é histórico e pegou de surpresa todos aqueles que querem criar uma CPI para investigar o MST. Afinal, ao reconhecer que o primeiro crime cometido foi a grilagem das terras, não há mais porque buscar culpados onde eles não existem.
* Agente Pastoral da Comissão Pastoral da Terra

José Saramago, a igreja e os facistas

Do escritor e prêmio Nobel José Saramago sobre a igreja e o seu principal líder, o papa Bento XVI.
“Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar o seu neo-medievalismo universal, um Deus que jamais viu, com o qual nunca se sentou a tomar um café, demonstra apenas o absoluto cinismo intelectual da personagem”
“Às insolências reaccionárias da Igreja Católica há que responder com a insolência da inteligência viva, no bom sentido, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias pelos presumíveis representantes de Deus na terra, a quem na realidade só interessa o poder”
“A razão - acrescentou - pode ser uma moral. Usemo-la”
Saramago também advertiu para o crescimento do "fascismo” na Europa e mostrou-se convencido de que nos próximos anos “atacará com força”.
Por isso - sublinhou -, “temos de preparar-nos para enfrentar o ódio e a sede de vingança que os fascistas estão a alimentar”.
“Apesar de ser claro que se apresentarão com máscaras pseudo-democráticas, algumas das quais circulam já entre nós, não devemos deixar-nos enganar”, frisou.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

De ratazanas e mestres

Por Bourdoukan
"...Tudo isso com o apoio de uma mídia omissa ou cúmplice. Os “jornalistas” que acompanham as tropas são como ratazanas que emergem do esgoto em busca de migalhas, infectando mentes e corações. São sabujos que praticam um jornalismo onde a grandeza se manifesta na mediocridade e o importante não é o bem pensado, mas o bem escrito.
Ou talvez o muito bem pensado e mal escrito.
Esse tipo de mídia apresenta os resistentes aos invasores como xiitas, sunitas e principalmente terroristas, como se eles não fossem iraquianos lutando para defender o seu país. Antigamente a esses resistentes dava-se o nome de patriotas."
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Bicho Papão

Por Maurício Caleiro

O MST é detestado por todos: da direita ruralista à esquerda chavista, passando por tucanos, petistas, psolentos, verdes, azuis e amarelos. Mesmo os que fingem apoiar o MST o detestam.
Isso porque há uma antipatia ancestral e inata contra o MST, esse arquétipo de nosso inconsciente coletivo, esse cancro irremovível que insiste em nos lembrar, mesmo nos períodos de bonança, que fomos o último país do mundo a abolir a escravidão e continuamos sendo uma porcaria de nação que jamais fez a reforma agrária. O MST é o espelho que reflete o que não queremos ver.
Há duas questões, na vida nacional, que contradizem qualquer discurso político da boca pra fora e revelam qual é, mesmo, de verdade, a tendência ideologica de cada um de nós, brasileiros: a violência urbana e o MST. Diante deles, aqueles que até ontem pareciam ser os mais democráticos e politicamente esclarecidos passam a defender que se toque fogo nas favelas, que se mate de vez esse bando de baderneiros do campo, porra, carajo, mierda malditos direitos humanos!
O MST nos faz atentar para o fato de que em cada um de nós há um Esteban de A Casa dos Espíritos; há o ditador, cuja existência atravessa os séculos, de que nos fala Gabriel García Márquez em O Outono do Patriarca; há os traços irremovíveis de nossa patriarcalidade latinoamericana, que indistingue sexo, raça, faixa etária ou classe social:
*O MST é o negro amarrado no tronco, que chicoteamos com prazer e volúpia.
*O MST é Canudos redivivo e atomizado em pleno século XXI.
*O MST é a Geni da música do Chico Buarque - boa pra apanhar, feita pra cuspir – com a diferença de que, para frustração de nossa maledicência, jamais se deita com o comandante do zeppelin gigante.
*E, acima de tudo, O MST é um assassino de laranjas!*
*E ainda que as laranjas fossem transgênicas, corporativas, grilheiras, estivessem podres, com fungos, corrimento, caspa e mau hálito, eles têm de pagar pela chacina cítrica! Chega de impunidade! Como o João Dória Jr., cansei!
*Jornalismo pungente*
*Afinal, foi tudo registrado em imagens – e imagens, como sabemos, não mentem. Estas, por sua vez, foram exibidas numa reportagem pungente do Jornal Nacional - mais um grande momento da mídia brasileira -, merecedora, no mínimo, do prêmio Pulitzer. Categoria: manipulação jornalística. Fátima Bernardes fez aquela cara de dominatrix indignada; seu marido soergueu uma das sobrancelhas por sob a mecha branca e, além dos litros de secreção vaginal a inundar calcinhas em pleno sofá da sala, o gesto trouxe à tona a verdade inextricável: os “agentes“ do MST são um bando de bárbaros.
(Para quem não viu a reportagem, informo,a bem da verdade, que ela cumpriu à risca as regras do bom jornalismo: após uns dez minutos de imagens e depoimentos acusando o MST, Fátima leu, com cara de quem comeu jiló com banana verde, uma nota de 10 segundos do MST. Isso se chama, em globalês, ouvir o outro lado.)
*Desde então, setores da própria esquerda cobram do MST sensatez, inteligência, que não dirija seu exército nuclear assassino contra os pobres pés de laranja indefesos justo agora, que os ruralistas tentam instalar, pela 3ª vez, como se as leis fossem uma questão de tanto bate até que fura, uma CPI contra o movimento (afinal, é preciso investigar porque o governo “dá” R$155 milhões a “entidades ligadas ao MST”, mesmo que ninguém nunca venha a público esclarecer como obteve tal informação, como chegou a esse número, que entidades são essas nem qual o grau de sua ligação com o MST: O Incra, por exemplo, está nessa lista como ligado ao MST?).*
*A insensatez dos miseráveis*
*Ora, o MST é um movimento social nascido da miséria, da necessidade e do desespero. Eles estão em plena luta contra uma estrutura agrária arcaica e concentradora. Não se pode esperar sensatez de movimentos sociais da base da pirâmide social, que lutam por um direito básico do ser humano. Pelo contrário: é justamente a insensatez, a ousadia, a coragem de desafiar convenções que faz do MST um dos únicos movimentos sociais de fato transgressores na história brasileira. Pois quem só protesta de acordo com os termos determinados pelo Poder não está protestando de fato, mas sendo manipulado. Se os perigosos agentes vermelhos do MST tivessem sensatez, vestiriam um terno e iriam para o Congresso fazer conchavos, não ficariam duelando com moinhos de vento, digo, pés de laranja.*
*Mas é justamente por isso que o MST incomoda a tantos: ele, ao contrário de nós, ousa desafiar as convenções: ele é o membro rebelde de nossa sociedade que transgride o tabu e destroi o totem. Portanto, para restituição da ordem capitalista/ patriarcal e para aplacar nossa inveja reprimida, ele tem de ser punido. Ele é o outro.Quantos de nós já se perguntaram como é viver sob lonas e gravetos, à beira das estradas, em lugares ermos e remotos, sujeito a ataques noturnos repentinos dos tanto que os detestam? Quantos já permaneceram num acampamento do MST por mais do que um dia, observando o que comem (e, sobretudo, o que deixam de comer), o que lhes falta, como são suas condições de vida?*
*Poucos, muito poucos, não é mesmo? Até porque nem a sobrancelha erótica do Bonner nem o olhar-chicote da Fátima jamais se interessaram pelo desespero das mães procurando, aos gritos, pelos filhos enquanto o acampamento arde em fogo às 3 da madrugada, nem pelas crianças de 3,4 anos que amanhecem coberta de hematomas dos chutes desferidos pelos jagunços invasores, ao lado do corpo de seus pais, assassinados covardemente pelas costas e cujo sangue avermelha o rio.*
*Para estes, resta, desde sempre, a mesma cova ancestral, com palmos medidas, como a parte que lhes cabe neste latifúndio.*
*Para a mídia, pés de laranja valem mais do que a vida humana, quero dizer, a vida subumana de um miserável que cometeu a ousadia suprema de lutar para reverter sua situação.*
*Mas os bárbaros, claro está, são o MST.*
*Por isso, haja o que houver, o MST é o culpado.*

* Maurício Caleiro é jornalista e cineasta
* Esse texto do Caleiro foi sugestão do cartunista Koostella

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um Homem honrado, (imperdível).

É simplesmente arrepiante o maiúsculo discurso desse grande homem.

José Paulo Bisol, (parte 2).

Junte a família para assistir!

Um Homem honrado


Por Marco Weissheimer
A entrega do Mérito Farroupilha para José Paulo Bisol, quarta-feira à noite, na Assembléia Legislativa, além de uma homenagem e de um desagravo a um homem honrado, foi também uma denúncia do espírito mesquinho, medíocre e canalha que tomou de assalto amplos setores da vida política e cultural do Rio Grande do Sul. Não, Bisol não falou disso. Falou das coisas que sempre importaram a ele: amor, justiça, respeito, dignidade, encontro…
Continue lendo em:

Carica minha 15


Feita pelo mestre Ziraldo

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CONCEITOS GRANÍTICOS VEICULADOS PELA TV

Por Nei Duclós

São eles:
DEMOCRACIA - É um sistema outorgado pelo Alexandre Garcia para o telespectador. Ele cobra bom comportamento democrático, sob pena de cassar a licença. Para isso conta com sua função de porta-voz da ditadura.
NOTÍCIA – É tudo aquilo anunciado pelo William Bonner e confirmado pela Fátima Bernardes. O resto dos telejornais apenas repercute.
ECONOMIA - É um livro de ficção, lançado em fascículos, pela Miriam Leitão. Quem compra ganha mais imposto, crise financeira, lucros dos banqueiros e créditos podres.
ANÁLISE – É tudo aquilo que é sustentado pelo olhar grave do William Waack. Sem esse olhar mortal, não há análise.
ENTRETENIMENTO – É o mico que as famílias pobres pagam para serem torturadas pelo sorriso adunco do Luciano Hook
ANCORAGEM – É o tempo que o telespectador é obrigado a aturar enquanto a Sandra Anneberg espicha as sílabas no cumprimento fanho do telejornal: Boa tardinhêêêê, que ela sustenta por vários minutos para ficar mais tempo no ar.
AMOR - É o conjunto de pessoas peladas trepando sem parar, sem olhar a quem, em frente as câmaras em todos os horários.
VIOLÊNCIA - É tudo o que acontece de ruim para as pessoas ricas e tudo o que é bem feito para as pobres que não sabem se cuidar e vivem marcando touca.
BONS SENTIMENTOS - É a forma de sonegar impostos inoculando no público o complexo de culpa por viver num país em ruínas e exigindo depósitos por telefone.
DIREITOS HUMANOS – É o poder que as pessoas negras uniformizadas de doméstica tem de serem expulsas aos gritos de vai vai vai pelas protagonistas de todas as novelas.
REPORTAGEM - É o momento em que o repórter prova alguma coisa e diz, embevecido para as câmaras: “Hummm, está muito bom”.
ESPORTE – É a histeria feminina diante dos paus de perna de todas as modalidades.
MULHER - É o paradigma de todas as coisas e ao seu redor gravitam cornos mansos, pederastas circenses, velhos ridículos, crianças metidas, adolescentes tardios, jovens cretinos e necessidades básicas em geral, como dar para o personal trainer enquanto o marido atura os petizes aos berros.
SONHO – É tudo aquilo que o telespectador é obrigado a comprar com o cartão de crédito, que cobra juros extorsivos embutidos no entusiasmo dos anúncios.
CIDADÃO - É o babaca que nunca sai do sofá porque a televisão exige que ele jamais saia dali porque o casal de apresentadores vai voltar rapidinho.
Confira Diário da Fonte:
http://www.outubro.blogspot.com/

sábado, 3 de outubro de 2009


Everton Rodrigues, do blog: http://www.brasilautogestionario.org/, envia a seguinte mensagem:
“No domingo (4), a partir das 15 horas, o Comitê Estadual Fora Yeda, composto por um conjunto de organizações da sociedade civil gaúcha, convida para Ato Show pelo Fora Yeda, em frente ao shopping Praia de Belas. Entre as principais atrações estão confirmadas as presenças de Nei Lisboa, Leonardo, Sombrero Luminoso, Família Sarará, Nelson Coelho de Castro, Pedro Munhoz, Nancy Araújo, Eduardo Solari, Lolipop, Mariposa e Bandinha de Dá Dó. Os artistas participam em apoio à causa.
Os principais jornais da capital negaram-se a publicar nota paga convidando a população para o ato. Portanto, contamos com a sua solidariedade para divulgar o evento”.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quem sãos os árabes?

Por Georges Bourdoukan:

Os árabes não são uma geração espontânea.
Não surgiram com o islamismo, judaísmo ou cristianismo.
Eis um resumo:
Historicamente sãos anteriores a Deus e ao monoteísmo.
São uma diversidade de povos com uma unidade lingüística.
Descendem dos faraós, dos fenícios, dos assírios, dos sumérios, dos cananeus, dos babilônios, dos palestinos e por aí vai.
Do ponto de vista religioso, são descendentes de Ismael, o primogênito do Patriarca Abraão, que por sinal era iraquiano da cidade de Ur.
Em seu passado têm
O Primeiro Alfabeto;
O Primeiro Código;
A Primeira Lei;
As Primeiras Navegações;
O Primeiro Dilúvio;
Têm por antepassado
Gilgamesh;
Ramsés;
Nabucodonosor;
Sargão;
Hamurabi;
Talião.
Têm Europa, filha de Agenor, a quem o continente europeu deve o seu nome;
Têm Ifriq, a quem o continente africano deve o seu nome;
Têm os ptolomeus, os seldjuquidas, os romanos e tantos outros que tornam agradável a História aC.
E dC têm os bizantinos, os cruzados e o islamismo, a mais tolerante das religiões monoteístas. Quem conhece história sabe disso. Pois enquanto o Ocidente vivia na Idade das Trevas, o farol árabe-islâmico iluminava a escuridão européia, a começar pela terra dos vândalos, que os árabes denominavam de Al-Vandaluzia, depois Al-Andaluzia - hoje Espanha e Portugal.
Não haveria a Renascença sem os árabes;
Nem os Grandes Descobrimentos.
E mais:
O primeiro a pisar em solo americano foi um muçulmano que acompanhava Cristóvão Colombo;
E no Brasil, a influência árabe se faz sentir em praticamente todos os setores, a começar pelo idioma.
E foi um árabe muçulmano que lutou ao lado de Zumbi no Quilombo dos Palmares.
E foram os muçulmanos Malês que em 1835 realizaram uma grande revolta na Bahia contra a escravidão.
Enfim, é impossível viajar pela História e pela Cultura sem a companhia dos árabes.
Direto do blog do Jornalista e escritor Georges Bourdoukan:
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/


A mídia pró-sionismo, só nos apresenta os árabes através de seus grupos de resistência ou denominados de "terroristas". Vamos a eles:

AAl Qaeda
Rede terrorista internacional, fundada pelo dissidente saudita Osama bin Laden. Ganhou destaque depois de lançar os ataques de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington. (Nunca esquecendo; O Osama bin laden foi treinado e financiado pela CIA para ajudar a derrotar os Russos no Afeganistão, de 1979 a 1989).
Brigadas dos Mártires de Al Aqsa
Rede de milícias afiliadas ao movimento político palestino Fatah. É considerada uma das forças por trás da segunda Intifada palestina, que começou em 2000 depois que Ariel Sharon visitou a mesquita de Al Aqsa, na parte árabe de Jerusalém.
Fatah Al Islam
Grupo islâmico sunita com militantes de origem libanesa, síria e palestina. Se opõe à existência de Israel e quer que a comunidade de refugiados palestinos no Líbano adote a sharia (lei islâmica).
Hamas
O maior e mais influente grupo militante palestino. Em 2006 venceu as eleições derrotando o Fatah, partido moderado do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Isso deu início a uma guerra pelo poder que dura até hoje.
Hizbollah
O Hizbollah (ou "Partido de Deus") é um grupo político islâmico com uma ativa ala militante. É em parte financiado pelos governos de Síria e Irã.
Jemaah Islamiyah
Grupo militante ativo em vários países do sudeste asiático. Luta por um Estado islâmico independente que abrangeria boa parte da região: Malásia, Indonésia, Cingapura, Brunei, o sul das Filipinas e da Tailândia.
Jihad Islâmica
Organização palestina nacionalista que se opõe à existência de Israel. Em 1997 entrou para a lista de grupos terroristas do governo americano. Usa a violência em suas ações para criar um regime islâmico nas fronteiras estabelecidas antes de 1948, ano em que o Estado judeu foi criado. Ao contrário do Fatah ou do Hamas, a Jihad Islâmica não participa do processo político palestino.
Taleban
Grupo fundamentalista islâmico. Assumiu o controle do Afeganistão de 1996 a 2001, quando foi derrubado por tropas americanas.
Tigres do Tâmil Eelam
Grupo separatista do Sri Lanka. Desde os anos 1980 luta por uma pátria para o a minoria tâmil, que se diz perseguida pela maioria étnica singalesa.

NOVOS BAIANOS - Brasil Pandeiro - EM CORES !Olimpíadas 2016

O homem não tem medo de mostrar suas emoções. Tem que ter coragem para ser chorão.
Do TERRA:
Na assinatura do Rio 2016, Lula chora compulsivamente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou compulsivamente depois da assinatura o contrato que confirma oficialmente os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. As lágrimas não pararam durante o discurso de Carlos Arthur Nuzmann, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). O chefe de Estado já havia também se emocionado muito no momento do anúncio que o Rio irá receber a primeira Olimpíada na América do Sul.
“Eu pensava que não tinha mais motivo para ter tanta emoção. Porque já participei de tanto evento, encontrei tantas personalidades. Eu era o mais chorão de todos”, brincou Lula.
Por José Feitosa
Lindo, Lindo, Lindo! O Homem saui dos ricões do sertão Nordestino, do interior do Brasil e mostrou ao mundo o que tem dentro do interior de um Brasileiro…Viva Lula…Viva o Brasil. Obrigado Pernambuco pelo Nosso Presidente!