segunda-feira, 26 de março de 2018

Bens imateriais e materiais


O bem imaterial mais precioso é o conhecimento, o saber, que enquanto gratuito e universal provoca cobiça e medo no sistema neoliberal. Então é menosprezado, deslegitimado e por fim atacado das formas mais absurdas, maquiavélicas e mentirosas, como o esdrúxulo projeto de escola sem partido que criminaliza as artes, a filosofia e as ciências sociais, repetindo ininterruptamente que esses saberes são a matriz da formação de ”comunistas”, “socialistas” entre outras ideologias humanistas. Na verdade o objetivo maior é transferir a universalidade gratuita desses conhecimentos das escolas e universidades públicas para a esfera privada. Onde ali, são restituídos de seu verdadeiro valor, de seu ‘capital pessoal’ e vendido em estabelecimentos particulares. O que isso significa? Que só a elite abastada terá acesso, enquanto a esmagadora maioria da população permanecerá sem nenhum senso crítico, formando apenas técnicos a oferecer ao mercado e seus donos mão de obra barata, abundante, ignorante e passiva no que tange a compreensão do processo, consequentemente, mansa e explorada ao máximo.
Já os bens materiais (e aqui já refiro os essenciais como água, energia, moradia, terra e comida), que são produzidos ou processados por empresas ou programas estatais, são também criminalizados em processos Kafkianos (uso o exemplo das religiões. É como se se culpasse a bíblia pela pedofilia de padres e a desonestidade de pastores, o alcorão pelo fanatismo insuflado ou por seus mercenários travestidos de jihadistas a cometerem violências abissais, sempre a soldo das grandes potências, justificando invasões e saques de países com alguma grande reserva de riqueza natural. Ou o torá e não os rabinos e políticos sionistas pregadores do ódio, com os mesmos objetivos e a serviço do posto de guerra avançado estadunidense no oriente médio, chamado Israel). Logo sucateados com o propósito de oferecer um produto ruim para em seguida também serem vendidos e privatizados, completando assim o cruel processo autofágico neoliberal de transferência de renda massiva dos pobres e remediados a uma minoria já rica e abastada. É exatamente isso que o ‘poder profundo’(bancos, indústria armamentista, conglomerados de mídia, agronegócio, multinacionais, indústria pesada e farmacêutica) faz atualmente no Brasil e em outras nações geoestratégicas para a manutenção da hegemonia do capital especulativo.
Mas como foi dito acima, é sistema autofágico, pois gera massas famintas de desempregados, aumento em proporções geométricas da violência urbana e rural, poluição catastrófica da vida no planeta, que esses criminosos também habitam, além de esquecerem o principal: não combinaram com o povo e a revolta será imensa, pode tardar, mas virá em forma de hecatombe.
Eduardo Simch

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