Consuelo desde menina ordenava e era servida por vários
empregados adultos e submissos. Não entendeu quando a porta foi arrombada e
Pancho gritou: podem charquear as cadelas. Pétreo era o olhar da velha mãe de
Consuelo, pois o homem trazia o coronel, seu marido pelos cabelos, apenas a
cabeça do velho. Todos os empregados festejavam junto aos revolucionários. A
filha Natália de sete anos agarrou-se nas pernas da mãe apavorada pelo rastro
de sangue. Consuelo sentiu o hálito de tequila do bandoleiro que arrancou a
criança de si. O disparo de arcabuz fez cair o reboco do teto balançando o
lustre de cristal. Poupem as crianças, ordenou Emiliano. Pancho saiu da sala arrastando a mãe de
Consuelo seminua. O resto do bando o seguiu. Todos os homens da família e fiéis
serviçais foram decapitados. Emiliano Zapata, Consuelo e a menina ficaram sós
na grande sala. A mulher abriu os botões e deixou o vestido cair revelando um
belo corpo. Emiliano a olhava nos olhos, Consuelo mantinha o olhar. O
revolucionário virou-se e saiu batendo a porta atrás de si, deixando mãe e
filha abraçadas.
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