Nada n'água, anágua da mulher/amor
Que nada, não nada, mas caminha sobre a água
E foi a águia que pegou a sereia d'água
Disse; tu não és águia e sim água e nado em ti
Mas a égua esperava mais do que belas saias
Não tardava a espiar as coxilhas dos desaguados
Foi então que a confusa águia pousou na égua
Desencantada com os murmúrios dos mortos desaguados
Libertando a sereia d'agua que era égua, águia e d'agua
Assim se fez a esperança, de que um dia, a águia,
Em cima da égua vomitasse sobre um copo vazio,
Que esperava se encher de águias
E em plena comunhão dos 'ás' e 'és' que surgiu a cobiça
Cobiça dos 'd'os'e d'olhos
Assim como os alados caralhos que alertados pelos
Vorazes d'olhos farejaram sereias e anáguas
E a mulher, mãe d´água, pai d´égua, que esperava um dia ser
Voar como uma águia, nada mais era
Que a terra pés, com suas anáguas, olhos d'agua e todas as solidões
Fantasias de sereia a espera do não digo, mas do falo voador
Seguiu, não para Acrópole em Atenas e sim para a cópula sem anáguas
Com olhos d'agua, sonhos de sereias e voos de águias
Simch e Luiz Fernando Costa (Gordinho)