As maldades do governo Yeda todo mundo já conhecia. Intransigência ante qualquer contrariedade, arrogância do primeiro escalão, especialmente da própria governadora, perseguição aos movimentos sociais que chegou ao ponto de o Estado assassinar um sem-terra, escolas de lata, corte do ponto de grevistas, balas de borracha contra os que não aceitavam o acúmulo de denúncias de corrupção, impedimento de protestos com escudos e agresões do batalhão de choque, sonegação das verbas constitucionais da saúde, sucateamento dos postos e de estradas, incompetência que fez o Estado perder 40 mihões de reais que o governo Lula destinou para os presídios gaúchos, desestruturação da Emater, tentativa de renovar os famigerados pedágios sem licitação, manutenção dos baixíssimos salários dos que já ganham pouco, destruição dos serviços públicos… Enfim, poderia-se passar três anos listando horrores da gestão tucana no Rio Grande do Sul.
Foram tantos estes horrores que Yeda bateu o recorde de rejeição nas pesquisas de opinião. Sim, a tucana conseguiu a proeza de ostentar a pior avaliação de um governante desde que as pesquisas foram iniciadas no Brasil. Yeda entrou para a história pela porta dos fundos.
Mas um resto de sanidade deve ter sobrado a algum membro do governo que fez ver às lideranças partidárias que não dava mais para ser tão mau. As consequências eleitorais, não só para o partido da governadora, mas para todos os aliados, seriam desastrosas. Até um pedido de impeachment já havia vingado e só não prosperara totalmente porque PSDB, PMDB, PTB, PP e PPS fizeram as contas e concluíram que se estava ruim com Yeda, pior seria com Paulo Feijó, o vice que ninguém governa. Decidiram, então, que a partir da unidade alcançada para barrar o impeachment seria mantida e que era tempo de contratar marketeiros para melhorar a imagem de Yeda. Ela só apareceria, como na edição de hoje de Zero Hora, com ares de quem está “de bem com a vida”. A cereja do novo bolo seria, então, a apresentação de um pacote de bondades com aumentos salariais para as categorias mais massacradas do funcionalismo, professores e brigadianos.
Assim foi feito. Estrategicamente, os projetos foram remetidos à Assembleia Legislativa sem que os principais interessados conhecessem seus detalhes. Mas bastou que as categorias tivessem acesso ao texto original das propostas para rejeitarem, de pronto, o pacote que, ao fim e ao cabo, não era de bondades, mas de maldades. A tal ponto que na sessão de hoje, quando a Assembleia deveria votar o que seria a redenção de Yeda, acabou por afundar um pouco mais a cova que o governo vem cavando para si mesmo. De tão ruins, os projetos não tiveram sequer os votos dos deputados dos partidos aliados de Yeda. Ou seja, a tese da nova fase, do novo tempo, fracassara pela terceira ou quarta vez neste governo. A saída foi retirar o pacote de pauta. Mas um dos projetos, que mexia com a vida do brigadianos, não pode ser retirado porque a votação já estava encaminhada e uma emenda do próprio governo estava em votação. Foi então que o líder do governo, deputado Pedro Westphalen, numa fala surreal, sintetizou o desastre que é a operação política da administração tucana. Constrangido, Westphalen pediu aos deputados aliados que rejeitassem a emenda e o projeto. Inacreditável! O que o líder de Yeda viu-se obrigado a pedir para que fosse rejeitado, era uma das maiores bondades que o governo propagandeara.
O líder da banacada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, diz que nunca viu nada parecido. “O governo manda um pacote de bondades mas não consegue aprová-lo. O governo, então, propõe emendas. E no final, o próprio líder do governo pede a rejeição das emendas e retira o pacote. O que é isso senão uma prova nítida de que estamos diante do pior governo da história do Rio Grande? E estas eram as bondades de Yeda, que deus nos livre das bondades de Yeda.”
Marco Weissheimer
Foram tantos estes horrores que Yeda bateu o recorde de rejeição nas pesquisas de opinião. Sim, a tucana conseguiu a proeza de ostentar a pior avaliação de um governante desde que as pesquisas foram iniciadas no Brasil. Yeda entrou para a história pela porta dos fundos.
Mas um resto de sanidade deve ter sobrado a algum membro do governo que fez ver às lideranças partidárias que não dava mais para ser tão mau. As consequências eleitorais, não só para o partido da governadora, mas para todos os aliados, seriam desastrosas. Até um pedido de impeachment já havia vingado e só não prosperara totalmente porque PSDB, PMDB, PTB, PP e PPS fizeram as contas e concluíram que se estava ruim com Yeda, pior seria com Paulo Feijó, o vice que ninguém governa. Decidiram, então, que a partir da unidade alcançada para barrar o impeachment seria mantida e que era tempo de contratar marketeiros para melhorar a imagem de Yeda. Ela só apareceria, como na edição de hoje de Zero Hora, com ares de quem está “de bem com a vida”. A cereja do novo bolo seria, então, a apresentação de um pacote de bondades com aumentos salariais para as categorias mais massacradas do funcionalismo, professores e brigadianos.
Assim foi feito. Estrategicamente, os projetos foram remetidos à Assembleia Legislativa sem que os principais interessados conhecessem seus detalhes. Mas bastou que as categorias tivessem acesso ao texto original das propostas para rejeitarem, de pronto, o pacote que, ao fim e ao cabo, não era de bondades, mas de maldades. A tal ponto que na sessão de hoje, quando a Assembleia deveria votar o que seria a redenção de Yeda, acabou por afundar um pouco mais a cova que o governo vem cavando para si mesmo. De tão ruins, os projetos não tiveram sequer os votos dos deputados dos partidos aliados de Yeda. Ou seja, a tese da nova fase, do novo tempo, fracassara pela terceira ou quarta vez neste governo. A saída foi retirar o pacote de pauta. Mas um dos projetos, que mexia com a vida do brigadianos, não pode ser retirado porque a votação já estava encaminhada e uma emenda do próprio governo estava em votação. Foi então que o líder do governo, deputado Pedro Westphalen, numa fala surreal, sintetizou o desastre que é a operação política da administração tucana. Constrangido, Westphalen pediu aos deputados aliados que rejeitassem a emenda e o projeto. Inacreditável! O que o líder de Yeda viu-se obrigado a pedir para que fosse rejeitado, era uma das maiores bondades que o governo propagandeara.
O líder da banacada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, diz que nunca viu nada parecido. “O governo manda um pacote de bondades mas não consegue aprová-lo. O governo, então, propõe emendas. E no final, o próprio líder do governo pede a rejeição das emendas e retira o pacote. O que é isso senão uma prova nítida de que estamos diante do pior governo da história do Rio Grande? E estas eram as bondades de Yeda, que deus nos livre das bondades de Yeda.”
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