Direto do: http://classemediawayoflife.blogspot.com/
Como representante da gente de bem deste País, o membro da Classe Média é contra a violência e pode provar isso, com muitas fotos em que veste branco nas “passeatas pela paz”. Mas quando se traz à baila o assunto “pena de morte”, normalmente se encontra na Classe dois tipos de posicionamento: os simpatizantes e os defensores.
Por ser um assunto polêmico, se você abordar um médio-classista, assim de repente, perguntando a opinião sobre o assunto, não vai ouvir dele, logo de cara, a aprovação a tal recurso penal. Sabendo que este é um tema delicado, ele ficará cheio de dedos e se mostrará inconclusivo, buscando argumentos para justificar a pena de morte, mas sem mostrar que partido toma. Para o aspirante à Classe Média, esta é uma grande oportunidade para ser aceito no grupo. Tudo o que o médio-classista interpelado precisa para sair da defensiva é de um impulso: diga logo a ele que você é a favor, sim, da pena de morte. O médio-classista vai te considerar imediatamente um de seus pares e, morrendo de vontade que estava, vai soltar a língua. Esteja preparado.
A primeira característica da pena de morte que promove a empatia do médio-classista é a sua existência e aplicação nos Estados Unidos, supra-sumo mundial entre os países e modelo número um de sociedade e de comportamento. Sendo lá um lugar onde tudo funciona, é justo imaginar que a aplicação da pena de morte seja um elemento disciplinador responsável pela ótima organização daquele país, cujo sistema judiciário é tido em alta estima pelo médio-classista. Algo como um sistema à prova de falhas e que nunca erra.
A grande justifica para ser a favor, entretanto, é o fato de que, para a Classe Média, atentar contra o patrimônio alheio é o pior crime que existe, e criminoso bom é criminoso morto. Mas não se engane com o aparente simplismo deste argumento. Todo médio-classista é adepto e admirador do “planejamento”, o que faz da pena de morte uma ferramenta não apenas para os bandidos comprovados, mas também para os criminosos em potencial.
É isso mesmo: para a Classe Média, a solução para este país é uma limpeza geral, eliminando mendigos, prostitutas, sem-terra, miseráveis, favelados, pessoas feias e desempregados. Ainda não se sabe quem ficaria responsável por lavar o carro e as panelas da Classe, mas pelo menos se evitaria problemas de grande repercussão, porque os filhos adolescentes não teriam a quem queimar ou espancar nos pontos de ônibus madrugadas adentro.
Portanto, se você quer mesmo ser da Classe Média, a pena de morte tem que parecer a você como uma boa idéia, mesmo você sabendo que ela nunca será implantada aqui, porque neste país nada funciona mesmo.
Por ser um assunto polêmico, se você abordar um médio-classista, assim de repente, perguntando a opinião sobre o assunto, não vai ouvir dele, logo de cara, a aprovação a tal recurso penal. Sabendo que este é um tema delicado, ele ficará cheio de dedos e se mostrará inconclusivo, buscando argumentos para justificar a pena de morte, mas sem mostrar que partido toma. Para o aspirante à Classe Média, esta é uma grande oportunidade para ser aceito no grupo. Tudo o que o médio-classista interpelado precisa para sair da defensiva é de um impulso: diga logo a ele que você é a favor, sim, da pena de morte. O médio-classista vai te considerar imediatamente um de seus pares e, morrendo de vontade que estava, vai soltar a língua. Esteja preparado.
A primeira característica da pena de morte que promove a empatia do médio-classista é a sua existência e aplicação nos Estados Unidos, supra-sumo mundial entre os países e modelo número um de sociedade e de comportamento. Sendo lá um lugar onde tudo funciona, é justo imaginar que a aplicação da pena de morte seja um elemento disciplinador responsável pela ótima organização daquele país, cujo sistema judiciário é tido em alta estima pelo médio-classista. Algo como um sistema à prova de falhas e que nunca erra.
A grande justifica para ser a favor, entretanto, é o fato de que, para a Classe Média, atentar contra o patrimônio alheio é o pior crime que existe, e criminoso bom é criminoso morto. Mas não se engane com o aparente simplismo deste argumento. Todo médio-classista é adepto e admirador do “planejamento”, o que faz da pena de morte uma ferramenta não apenas para os bandidos comprovados, mas também para os criminosos em potencial.
É isso mesmo: para a Classe Média, a solução para este país é uma limpeza geral, eliminando mendigos, prostitutas, sem-terra, miseráveis, favelados, pessoas feias e desempregados. Ainda não se sabe quem ficaria responsável por lavar o carro e as panelas da Classe, mas pelo menos se evitaria problemas de grande repercussão, porque os filhos adolescentes não teriam a quem queimar ou espancar nos pontos de ônibus madrugadas adentro.
Portanto, se você quer mesmo ser da Classe Média, a pena de morte tem que parecer a você como uma boa idéia, mesmo você sabendo que ela nunca será implantada aqui, porque neste país nada funciona mesmo.
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